Ibrahim Kamara e a Off-White
Nesse episódio, a gente vai falar sobre a trajetória do stylist Ibrahim Kamara e também contar um pouco da história da Off-White, marca criada por Virgil Abloh em 2013, que revolucionou o conceito de streetwear no mundo.
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Imagine substituir um dos designers mais talentosos das últimas décadas, em uma marca que é referência no streetwear. A situação fica ainda mais delicada quando se sabe que o antecessor morreu precocemente, no auge da carreira, pegando o mundo todo de surpresa.
Pois é, essa dura missão de substituir Virgil Abloh no comando da Off-White coube a Ibrahim Kamara, mais conhecido como Ib Kamara, stylist nascido em Serra Leoa, que foi anunciado para o cargo no sábado passado.
Desde a precoce morte de Abloh devido a um câncer, no final de 2021, aos 41 anos, havia dúvidas sobre quem assumiria o comando da marca – ou até se ela continuaria existindo.
A escolha de Kamara é interessante por alguns motivos. A questão mais óbvia é o fato dele ser um stylist, não propriamente um estilista, que vai comandar uma equipe que já atuava na criação da marca. A segunda é que, por já colaborar com a Off-White há mais de três anos, ele conhece bem e promete carregar o legado de Abloh para o futuro.
Em seu perfil do Instagram, Kamara fez um post sobre o anúncio e escreveu: “Virgil estará sempre conosco. Comigo. Ele mudou o mundo e deixou uma marca inquestionável nas pessoas que cruzou e além delas. Generoso com seu tempo, mente e criatividade – ele enxergava a todos e criou com todos os seres humanos em mente. Eu estou honrado de estreitar meus laços com a Off-White como Diretor de Arte e Imagem e ser parte do time que contará o resto da história que Virgil começou a escrever para todos nós”.
Em um comunicado oficial, Andrea Grilli, CEO da Off-White, também reforça a importância de carregar o legado de Virgil, além de manter a marca relevante. Ele diz: “Ter Ibrahim, alguém que já faz parte da família Off-White há anos como stylist de nossas apresentações, agora supervisionando a parte criativa da marca, é uma grande honra”.
Uma das mentes criativas mais interessantes da moda atualmente, Kamara é editor-chefe da revista inglesa Dazed e já assinou styling para marcas como Stella McCarney, Burberry e Dior, além dos desfiles masculinos da Louis Vuitton, sob comando de Abloh. Mas antes da gente falar mais sobre ele, é importante contar um pouco da história da Off-White, que é muito mais do só mais uma marca de street wear.
A Off-White nasceu em 2013 após Virgil Abloh fechar as portas de sua controversa marca Pyrex Vision. Na Pyrex, Virgil customizava peças do estoque morto da Ralph Lauren e as revendia a preços astronômicos.
Na época, ele dizia que a Pyrex, que durou apenas um ano, era para ser um experimento artístico, não propriamente uma marca. E foi lá que Virgil usou pela primeira vez a frase “The youth will always win”, ou seja, “a juventude sempre ganhará”, que virou um dos grandes marcos da Off-White.
Um ponto importante para entender a ascensão meteórica da Off-White é a parceria de anos entre Virgil e Kanye West, que começou em 2009, quando os dois foram estagiários por seis meses na Fendi, em Roma.
Virgil foi assistente criativo do cantor, atuou na co-criação de capas de álbuns, desenhou cenários e ajudou a desenvolver o merch do artista. Em 2010, assumiu oficialmente o título de diretor criativo da agência de conteúdo de Kanye, a Donda.
Uma imagem emblemática, que revelava um pouco do que estava por vir, foi a foto clicada pelo fotógrafo Tommy Ton, em que Kanye West posa com sua turma – Virgil incluído – do lado de fora de um desfile da Comme des Garçons. Essa foto, aliás, está na ELLE View de abril, na reportagem que fala sobre a influência da cultura hip-hop na moda.
A imagem, que na época chegou a ser ridicularizada, mostra Kanye com várias sobreposições, usando luvas de couro e carregando uma pasta Goyard. Quer dizer, passava longe do estilo rapper que o mundo estava acostumado a ver.
Em 2013, quando lançou a Off-White, Virgil Abloh subverteu de vez os estereótipos ao misturar streetwear com construções de luxo. Além dessas ousadias, a Off-White também virou hit através das aspas que identificavam as peças e estampavam cadarços, tênis, acessórios e roupas. A ironia do óbvio das descrições literais de cada item logo ganhou milhares de fãs.
Entre as peças mais icônicas lançadas pela casa, a gente pode citar o cinto com estampa de faixa de contenção preto e amarelo e os tênis, alguns em colaboração com a Nike, com o lacre que não podia ser cortado por nada nesse mundo.
Esses pequenos detalhes, como as aspas e os lacres, foram elevados à máxima potência e transformados em símbolos da marca. Até hoje você consegue reconhecer um acessório ou uma roupa da Off-White só por eles. Com drops pequenos, ou seja, superexclusivos, a Off-White virou hype e ajudou a transformar o mercado de segunda mão, que hoje, como a gente bem sabe, atinge preços estratosféricos.
A estreia na Semana de Moda de Paris aconteceu no ano seguinte, em 2014. E, em 2015, a casa foi finalista do prêmio LVMH, com Virgil sendo o primeiro estadunidense a alcançar esse marco.
O apoio de nomes como Beyoncé, Rihanna, Kim Kardashian e, claro, Kanye West, também ajudou na ascensão da Off-White. Mas não foi só isso: a etiqueta foi uma peça fundamental na virada de chave do streetwear.
Em poucos anos, o mercado de moda de rua ganhou um fôlego incomparável e transformou a indústria, com várias marcas do circuito estourando a bolha, ganhando força e tomando os meios mais tradicionais do mundinho fashion.
Não por acaso, em julho de 2021, o conglomerado de luxo LVMH, dono de marcas como Celine, Christian Dior e Loewe, comprou uma participação majoritária da Off-White, mas mantendo Virgil no comando. Pode-se dizer que o estilista, com sua marca, escancarou as portas não só para outras etiquetas de streetwear, mas também para criativos negros ao redor do mundo.
A apresentação mais recente da Off-White, realizada na semana de moda de Paris, em fevereiro, levou às passarelas a última coleção assinada por Virgil e teve o styling pensado, justamente, por Ib Kamara.
Cheio de emoções e homenagens, o desfile foi dividido em duas partes. A primeira, com a coleção de inverno 2022, tinha vários clássicos da moda de rua que Virgil ajudou a trazer pro lado mais fashion da indústria, como as calças cargo e os moletons largões, além de uma atenção maior à alfaiataria e sofisticação do design.
Já na segunda parte, a marca debutou sua nova linha de alta-costura, criada por Virgil e finalizada pela equipe da marca, com saias volumosas, bordados e até um vestido de noiva. Tudo isso desfilado por supermodelos como Cindy Crawford, Naomi Campbell e Helena Christensen. Um dos vestidos dessa coleção, inclusive, foi usado por Kylie Jenner como forma de homenagear o estilista no Met Gala deste ano.
Bom, deu pra perceber, então, que Ibrahim Kamara tem um desafio e tanto pela frente na Off-White, né? Mas pela sua trajetória até aqui, o stylist já mostrou que não tem medo de romper padrões.
Como a gente contou no começo, Ib Kamara nasceu em Serra Leoa, em 1990. A família se mudou para a Gambia, para fugir da guerra civil, e, mais tarde, para Londres, onde Kamara se formou pela célebre Central Saint Martins.
Já na época da faculdade, ele se destacou por um projeto intitulado 2026, em que refletia sobre a masculinidade negra e imaginava como seria esse conceito dali a 10 anos.
Uma das características do trabalho de Kamara, por sinal, é a de colocar o corpo negro como protagonista. Várias imagens marcantes criadas por ele trazem isso e muitas delas foram clicadas por um brasileiro, o fotógrafo Rafael Pavarotti.
Mas o que esperar da entrada de Ib Kamara nesse cargo criativo tão importante e potente para a moda mundial? Suyane Ynaya, nossa editora de moda, fala mais sobre o stylist e sobre o significado de Kamara na Off-White.
“Bora falar desse menino tão especial, que eu sou muito fã do trabalho dele, Ib Kamara. Ele tem seus 31 anos de idade, nascido em Serra Leoa e hoje na direção criativa da Off White. Acho que é um ponto muito importante para gente falar sobre esses novos nomes. E não só esses novos nomes, mas esses novos corpos habitando esses espaços, mostrando a potência cultural que ele tem — principalmente por vir de Serra Leoa, mas ele mora em Londres —, mas trazer e carregar toda essa essência do próprio país para todas as construções que ele faz. Quando a gente já conhece o trabalho do Ib Kamara, não tem como não reconhecer. A estética, a forma, a criação, a construção que ele faz dentro dos trabalhos e dos projetos dele, é muito a cara do Ib. E eu estou muito feliz de ver ele à frente da Off White; ele já vinha trabalhando há um bom tempo ao lado e sendo o braço direito do Virgil nas construções da Louis Vuitton e na Off White. Isso pra mim é me ver ali, me colocar dentro de um espaço. Conseguir enxergar que se uma pessoa preta como o Ib Kamara, dark skin ainda, conseguiu habitar esses espaços, é você conseguir se imaginar habitando espaços maiores. E isso eu acho que traz um poder muito forte pra gente tentar entender quem são as pessoas que estão trabalhando ao lado dos diretores criativos ou dos designers no mundo inteiro.
Então, é isso! Que a gente possa se inspirar, se enxergar em lugares tão potentes e que as marcas, principalmente as que não trabalham com esses corpos, comecem a repensar. Quem são as pessoas que estão do seu lado, criando e desenvolvendo? Porque não adianta a gente falar sobre a pauta de inclusão e debater sobre isso sendo que dentro das nossas próprias construções a ideia e a construção e a ação é totalmente contrária. Então já é um reforço de se imaginar tendo essas pessoas, de estar colocando essas pessoas e de nós que somos essas pessoas de enxergar que nosso ponto de criação é gigantesco, plural e a gente pode chegar em vários lugares.”
Destaques das Coleções de Resort
E três apresentações em lugares diferentes do globo aconteceram nessa última semana.
Sexta-feira passada, dia 29 de abril, vocês lembram, a gente comentou que estava rolando a tão aguardada estreia de Camille Miceli, como diretora criativa da Pucci.
Pois bem. Aconteceu. Mas não de uma maneira tradicional.
A apresentação rolou na Itália, na Ilha de Capri, mas não contou com um desfile propriamente, mas, sim, três dias de drinks, sol, yoga e muita estampa colorida para alguns convidados abastados. Aliás, 175 convidados para ser mais preciso, entre influenciadores, empresários, jornalistas e outros grandes nomes do setor.
Quem ouviu o episódio sobre a história da Pucci no ELLE News, o de número #62, sabe que a marca foi fundada na metade do século 20, em Florença. Mas era em Capri, esse punhado de terra envolto por mar e localizado no Golfo de Nápoles, que Emilio Pucci, o fundador da grife, costumava passar as suas férias. Está explicada a escolha do destino.
Ou seja, Capri foi até uma maneira de olhar e homenagear o passado, mas Miceli, a primeira designer mulher a assumir a direção da casa, tratou logo de não se apegar a tradições. No lugar da passarela, ela transformou a própria viagem em cenário paradisíaco para que suas modelos andassem e posassem livremente com os novos looks projetados por ela. As garotas sentavam nas pedras de frente para a areia ou cruzavam o salão onde rolava uma festinha… Tudo bem despretensioso.
Em um jantar, por exemplo, os próprios convidados foram encorajados a usar as peças da nova coleção. Eles tiravam fotos de si, publicavam no Instagram e aí, já viu né, engajamento orgânico de milhões!
A ideia foi bem clara. Miceli mergulhou de cabeça no DNAresort que a Pucci tem, com uma coleção em que o lifestyle dá o tom de tudo.
Chamada de La Grotta Azzurra, as roupas trazem esse joie de vivre, sentimento de celebração, à tona, com estampas psicodélicas desenhadas à mão. Essa coleção será lançada em três drops e a primeira parte, a apresentada em Capri, já está disponível (seguindo o modelo see now buy now) com venda exclusiva no e-commerce MyTheresa. Estreia com pé direito, convenhamos — e tacinha na mão!
Já o estadunidense Thom Browne, que há anos se apresenta na Europa, mas desde o ano passado voltou a desfilar na sua terra natal, decidiu fazer uma homenagem à Nova York em sua coleção de inverno 2022.
O desfile, também realizado na sexta-feira, coincidiu com a estreia da exposição In America: An Anthology of Fashion, do Metropolitan Museum of Art. E aí foi mergulho total na moda americana.
Em mais uma apresentação bastante teatral e lúdica, Browne dispôs 500 ursinhos de pelúcia sentados em cadeiras para assistir o que ele chamou de Teddy Talk. Isso mesmo, com a piadinha na palavra Ted, do evento original.
Pensando naquela ideia “self made” que a América sempre insistiu em proporcionar, Browne refletiu sobre a nossa capacidade de externar quem nós somos. E fez isso por meio de brinquedos, olhando para o que a gente tem de mais enraizado: a nossa infância.
Pense em sua já conhecida alfaiataria misturada a elementos colegiais, um suéter em formato de bola de beisebol, saltos com blocos de madeira com as letras do alfabeto, além de laçarotes gigantescos, mochilas de pelúcia e um blazer bem reto, como o de um Quebra Nozes.
E, por fim, a Dior aterrissou em Seoul, na Coreia do Sul. Enquanto a China se fecha mais uma vez com sua política de tolerância zero contra a Covid-19, a grife francesa foi atrás de um novo alvo dentro do mercado asiático.
O evento marcou a inauguração da nova loja conceito da Dior na capital coreana. Não é à toa: o país responde por 5 a 6% do total de gastos com bens pessoais de luxo em todo o mundo, de acordo com a Morgan Stanley.
A apresentação contou com a participação de Jisoo, embaixadora global da Dior e integrante do grupo de K-pop Black Pink, além de skatistas do país abrindo e fechando o desfile.
As roupas fazem parte da coleção de outono da Dior, o que equivale ao pre-fall da marca, ou seja, a meia estação que precede o inverno. Dentre as peças, elementos punk se encontravam com uniformes escolares.
Vale lembrar, porém, que o show cruise, o resort da Dior, ainda vai acontecer. Está programado para o dia 16 de junho, em Sevilha, na Espanha.
MET GALA
Primeira segunda-feira do mês de maio para a moda significa uma coisa: MET Gala. Essa é a data em que acontece o luxuoso baile repleto de famosos e que abre a exposição anual do Metropolitan Museum of Art.
Você deve estar se perguntando: mas não rolou um MET Gala muito recentemente? Sim. O último MET Gala aconteceu excepcionalmente no final do ano passado, para ser mais preciso em setembro. A mudança de data, claro, foi em função da pandemia.
Naquela ocasião o Metropolitan inaugurou a primeira parte de uma exposição que tem como objetivo fazer um mergulho profundo na moda americana. E, aqui, a gente sempre faz aquela observação: moda estadunidense. A exposição e tema do baile passado foi “In America: A Lexicon of Fashion”, algo como Na América: Um Léxico de Moda.
E se ano passado foi apresentada a primeira parte, logo, nesse ano, foi inaugurada a segunda. O nome? “In America: An Anthology of Fashion”, que, em tradução livre, é algo como “Na América: Uma Antologia de Moda.
Se até os títulos são parecidos, o que a exposição de agora tem de diferente? Bem, segundo Andrew Bolton, o curador do Costume Institute, que é o braço de Moda do Metropolitan, o primeiro momento desbrava um pouco mais os estilos de moda forjados nos Estados Unidos e, essa segunda parte, tem como objetivo jogar luz aos heróis desconhecidos do design estadunidense — principalmente as mulheres.
Na teoria, lindo. Mas e o dress code? Qual o código de vestimenta passado para os convidados? No caso, os famosos receberam em seus convites o seguinte tema para o look: Gilded Glamour.
E a gente explica. Nessa retomada da história da moda estadunidense, o MET Gala decidiu olhar mais atentamente para um período da história americana conhecido como a Gilded Age, ou Idade Dourada.
Do final do século 19, algo entre 1870 e 1900, esse período marca um dos momentos de maior enriquecimento do país. Logo, o reflexo disso nas roupas era puro glamour. Esperava-se, então, muita referência à alta sociedade nova-iorquina, vestidos pomposos, rendas, joias, metalizados e tudo o mais que demonstrasse riqueza e ostentação. E aqui vai outro parênteses: a Gilded Age também foi um dos momentos de maior crescimento da desigualdade de renda estadunidense. Idade de ouro? Para quem, não é mesmo?
Mas voltando ao baile, não houve nenhum ou quase nenhum momento de protesto ou análise mais política ou crítica da coisa. O que chamou a atenção mesmo foram elas, o clã Kardashian-Jenner.
As irmãs chegaram todas juntas. Kylie ostentava um vestido de noiva com pitadas de streetwear da Off-White. Kendall, por sua vez, uma regata transparente com uma saia volumosa e de babados, assinada pela Prada. Khloe, um Moschino dourado. E Kourtney, um look de alfaiataria desconstruído Thom Browne.
E então ela. O que Kim usaria, não é mesmo? Todos se perguntavam. E eis que ela chegou não deixando barato e apareceu com um dos visuais mais marcantes para não dizer polêmicos da noite.
Kim usou o mesmo vestido que Marilyn Monroe vestiu em 1962 ao cantar Happy Birthday To You para John F. Kennedy em seu aniversário de 45 anos de idade. Trata-se do vestido mais caro já leiloado. A última venda foi por 4,8 milhões de dólares, em 2016. Marilyn, em si, pagou cerca de 1.400 dólares no look desenhado pelo estilista Bob Mackie e confeccionado pelo figurinista Jean-Louis. Depois disso, o longo todo incrustado por cristais foi adquirido pelo Ripley’s Believe It Or Not Museum, em Orlando, na Flórida.
Houve quem amou e quem achou uma baita audácia pegar um vestido histórico para alguns minutos de lacre. Isso mesmo, minutos. Acontece que o vestido real Kim só pode usar pouquíssimas vezes e, na noite do baile, apenas ao cruzar o tapete vermelho. No resto do tempo, ela usou uma réplica. Acontece que Kim não cabia no modelo original. E, aliás, a artista e empresária afirmou que precisou perder 7 quilos em três semanas para entrar no modelito.
De fato, Kim foi uma das artistas mais belas da noite, mas a sua empreitada de emagrecimento, bem como o seu baita esforço para se locomover com a peça, fizeram a gente se questionar: ainda vale a pena sofrer por um look? Em ELLE.com.br, nosso editor de moda Luigi Torre escreveu sobre isso.
SAUL NASH
Você sabe quem é Saul Nash? Se ainda não sabe, guarde bem esse nome, porque a gente ainda vai ouvir falar bastante dele.
Saul Nash é um designer britânico, de ascendência guianesa, que ganhou na quarta-feira, dia 4, o prêmio Rainha Elizabeth II de design britânico.
A vitória veio apenas uma semana depois de Nash brilhar em outro importante evento de moda. No dia 26 de abril, ele foi o vencedor da categoria principal do Prêmio Internacional Woolmark, que destaca designers emergentes. Ah, e no ano passado, ele ficou entre os semifinalistas do prêmio LVMH.
Antes de abrir sua etiqueta homônima, voltada pra moda masculina, o estilista fez parte da incubadora de talentos Fashion East, criada pela britânica Lulu Kennedy. Além de designer, Nash é também coreógrafo, e suas roupas trabalham muito o conceito da liberdade de movimento.
Além de fazer essa conexão entre moda e dança, outra característica do trabalho de Nash é a exploração de novos materiais, como o Primaloft, uma microfibra sintética, isolante e sustentável, desenvolvida originalmente para o exército estadunidense.
De acordo com o site Hypebeast, Saul Nash é o próximo superstar do sportswear. Olho nele!
PÍLULA DE BEAUTÉ
E na pílula de beauté dessa semana, o nosso editor de beleza, Pedro Camargo, tem novidades sobre a linha de wellness da cantora Alicia Keys. Conta mais, Pedro!
“Oi, gente! Tudo bem? Rolou uma novidade curiosa no mundo da maquiagem nesta semana. Durante o MET Gala deste ano, a Alicia Keys anunciou que a sua marca de bem-estar/wellness vai começar a vender make também. A notícia gerou estranhamento porque a cantora declarou, em 2016, que não usaria mais maquiagem. Na época, ela disse que não era necessariamente contra a maquiagem, mas que ela queria enxergar a própria pele e mostrá-la para o mundo como ela é de verdade. Isso significa que itens como máscara de cílios e blush cremoso ainda valiam, por exemplo. E é exatamente esse tipo de produto que é mais pela diversão do que pela cobertura que está entrando no portfólio da Keys Soulcare. O primeiro Drop conta com um primer, um pincel de blush, um blush cremoso, um balm para os lábios e um gel para as sobrancelhas. Tudo com a cara da popstar. Gostaram? Até a próxima! Beijos!”
DICA CULTURAL
E para finalizar o episódio de hoje, nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt fala sobre um programa imperdível que abre em São Paulo este sábado: uma exposição do cineasta Tim Burton. Fala os detalhes, Bru!
“Com mais de 30 anos de carreira no cinema, Tim Burton é dono de uma linguagem e estética bem particulares, marcadas por personagens incompreendidos, atmosferas fantásticas e sombrias e humor macabro, vistos em filmes, como Edward mãos de tesoura, Noiva cadáver e Marte ataca!
Edward Mãos de Tesoura – Trailer (1990)
Seis anos depois de uma retrospectiva no Museu da Imagem e do Som, Burton ganha uma nova exposição em São Paulo, desta vez na Oca, do Parque Ibirapuera, que será inaugurada neste domingo, 8 de maio.
A beleza sombria dos monstros é uma adaptação e releitura do livro A arte de Tim Burton, que traz em mais de 400 páginas ilustrações do cineasta e conceitos visuais de diversos filmes seus. Os capítulos do livro, com temas de sua obra, são base para o projeto expográfico da mostra.
Beetlejuice | 4K Trailer | Warner Bros. Entertainment
youtu.be
Realidade virtual, cinema 3D e teatro de sombras são alguns dos recursos usados nessa adaptação de livro para exposição, que contou com mais de um centena de pessoas para sua realização, além da participação e supervisão da equipe de Burton. Tudo bem fantástico, como gosta Burton.
Este episódio usou trechos das músicas Starry Night, de Peggy Gou; Trecho da apresentação Imaginary Experience, da Off-White; Champagne, de Peppino di Capri; Who’s that guy, da trilha sonora de Grease 2; trechos da apresentação de inverno 2022/2023 de Thom Browne e de outono, da Dior; Prove It on Me Blues, de Ma Rainey; Happy Birthday Mr. President, cantado por Marilyn Monroe.
E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro.
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