Conheça a história do patchwork e entenda sua popularidade na quarentena

Técnica que usa retalhos e remendos para criar peças arrojadas tem feito sucesso nas redes sociais e já é hit em 2021. Relembre desfiles marcantes e veja onde comprar roupas feitas com ela.





A estética “faça você mesmo”, que vem reinando na quarentena, tem um novo destaque: as roupas de patchwork. Com a costura aparente, silhuetas irregulares e uma pegada confortável, os tops, saias e calças feitos a partir da união de retalhos invadiram as redes sociais. Isso aparece pelas marcas que usam a técnica para ressignificar roupas de segunda mão e pelos usuários do TikTok, impactados pelos tutoriais publicados na plataforma (que reúnem quase 70 milhões de vizualizações) e decidiram reinventar algumas peças de seus armários.

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A marca inglesa Rua Carlota, com suas emendas de malhas e tricôs, é uma das referências nesse estilo. “Foi o primeiro perfil que vi fazendo a costura aparente e uma grande inspiração para as minhas peças”, conta Lucila Dantas, dona da Brocki, loja especializada em patchwork e rework. Com a pandemia, ela precisou fechar o brechó que tocava e decidiu dar nova cara às poucas roupas que sobraram dos garimpos, criando a marca em junho do ano passado. “Como ninguém mais estava fazendo esse estilo de blusinha na época, gerou bastante interesse”, diz.

Já a designer
Juju Lattuca recebeu uma missão especial de Ana Cristina Agra, diretora criativa da Sri Clothing: dar novo destino aos retalhos acumulados ao longo de cinco anos de produção da marca carioca. Com isso, surgiram as oito peças da collab entre elas, todas trabalhadas no patchwork. “Fizemos grupos de categorias dentro do que a gente tinha de tecido e fomos criando as roupas”, explica. As bolsas são feitas de um material sem nenhuma elasticidade, as hot pants e o macacão vêm da junção de pedaços de paetê sobre um forro preto e o short biker, de uma variação de lycra. “Tivemos toda essa preocupação da coleção ser 98,9% feita em upcyling”, comenta.

Apesar de seguirem um molde e terem opções que vão do 36 ao 44, cada roupa é única, uma vez que a combinação de tecidos nunca será idêntica. “Se você perceber, fizemos questão de usar até os menores dos retalhos. As peças da Juju são bem recortadas, em um patchwork muito detalhado”, avalia Ana Cristina. A ideia é que a parceria se estenda por tempo indeterminado, sempre ressignificando as sobras de materiais para que não haja desperdício. “É uma técnica fácil, bacana e correta porque você está sempre fazendo uma energia parada rodar”, celebra Juju.

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