Diga-me a fragrância que usas e te direi quem és
O tipo de fragrância que escolhemos pode revelar tanto traços da nossa personalidade quanto o que desejamos em momentos como o que estamos vivendo agora.
CONTEÚDO APRESENTADO POR O BOTICÁRIO
A psicologia e a sabedoria popular dão conta de explicar que tanto amigos quanto perfumes podem revelar traços da nossa personalidade, mas não apenas isso: também podem expressar algo que projetamos ser, ou ainda a necessidade de preencher uma “falta” num momento específico que vivemos como, por exemplo, buscar fragrâncias que remetem à natureza em tempos de confinamento pandêmico. É o que revelou uma pesquisa recente da Givaudan, empresa suíça e uma das maiores criadoras de fragrâncias do mundo. Intitulada “Feelings & Emotions”, a pesquisa ouviu mais de mil mulheres latino-americanas até fevereiro passado e apontou comportamentos interessantes. “O natural aparece representando a busca de algo que vá fazer bem para a saúde, e também a vontade de contato com o meio ambiente”, diz Laura Mungioli, consumer insights manager da Givaudan para a América Latina. Às notas frescas, de folhagem e cheiro de mato, foi adicionada também a busca por cheiros que lembrem o que é artesanal e mais próximo de casa, como as flores frescas no vaso da sala ou o adocicado que lembra uma sobremesa. Procurar por perfumes conhecidos em tempos de incerteza também é outra tendência, assim como a nostalgia, seja de filmes antigos, de séries com uma estética vintage ou mesmo as fragrâncias do passado, tipo a lavanda da colônia de quando éramos criança ou o cheiro da baunilha do bolo da avó. A segurança garantida pelo que a gente já conhece se tornou também a estratégia para conseguir consumir sem poder ir às lojas experimentar novas fragrâncias. Sentí-las no ambiente online ainda é uma tecnologia a ser desenvolvida.
O olfato é um indicador tão poderoso que, mesmo quando a gente não quer, ele nos denuncia. Um bom exemplo foi o processo de criação das fragrâncias Coffee Sense Woman e Coffee Sense Man, do Boticário. Durante a pesquisa com homens e mulheres, uma neurocientista analisou as reações deles a cada combinação olfativa criada por Petit, perfumista responsável pelo projeto. Tudo isso, sem que os entrevistados precisassem dizer uma palavra, apenas observando suas micro expressões corporais. Petit foi adaptando a fórmula até que se chegou a um acorde comum, extremamente prazeroso tanto para homens quanto para mulheres. Com uma nota de chocolate meio amargo, foi batizado de “ativador do desejo” e é a base das versões feminina e masculina do Coffee Sense.
Para além da pandemia, a nossa predileção por certas flores, por uma combinação específica de notas – as chamadas famílias olfativas – sempre diz algo sobre a gente. “As fragrâncias refletem um comportamento, um estado de espírito, humores, um perfil que você quer atingir, um traço que você quer destacar dependendo da situação: desde estar com os amigos a uma reunião de trabalho ou um encontro romântico”, diz Leandro Petit, perfumista da Givaudan. Gostar de perfumes florais significa romantismo? Depende das flores e de como elas são combinadas. E os orientais, o que revelam sobre seus fãs?
A seguir, um pouco da psicologia olfativa praticada pelos perfumistas para traduzir personalidades em perfumes:
Pequenas diferenças
Quando falamos em Nota nos referimos a um cheiro vindo de uma única matéria prima, como a rosa ou o limão. Quando você ler ou ouvir falar sobre Acorde entenda que é uma combinação de notas, como por exemplo, o acorde chypre, que combina bergamota, rosa e jasmim, patchouli, musgo de carvalho e labdano.
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